quinta-feira, 18 de março de 2010

Visões e Revelações do Senhor

Texto Áureo = “Em verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações do Senhor” 2 Co 12.1

Introdução:

Visões e revelações são experiência do campo das manifestações espirituais que não se constituem em doutrinas, mas são possíveis à vida do crente desde que estejam em conformidade com a bíblia. Paulo vinha de um confronto onde os seus oponentes procuravam desacreditar seu ministério. Eles se vangloriavam de possuírem um conhecimento divino e uma espiritualidade superior à do apóstolo. Paulo se viu obrigado a responder que tinha ainda mais razões do que eles para orgulhar-se, mas não faria isso. Preferia gloriar-se em relação às suas fraquezas, as quais o poder de Deus havia convertido em experiências gloriosas (12.9,10).
Conforme diz o Pr Altair no seu Blog os “surperobreiros”. No decorrer da lição falaremos mais sobre isso.

I - A glória Passageira de sua biografia (VV.11-13)

1) A glória maior de Paulo não está em sua biografia, e sim no sofrimento padecido por causa do Evangelho.
Cabe aqui um comentário dos dias atuais aonde observamos que obreiros pastores de “renomes” gloriam-se de suas “visões” suas pregações para 10, 20, 30 mil pessoas, no cachê que ganha e não no sofrer pela palavra de Deus, ser perseguido por amor ao evangelho, conforme registro de Atos 5. 41 “Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus.”

2) Paulo se opõe à arrogância dos judeus-cristãos.
¹Em todas as épocas, assim como nos dias do apóstolo Paulo, existiram obreiros que se sentiam acima da média. São estes os “superapóstolos“, “superbispos“, “superpastores“, “superevangelistas“, “superpresbíteros“, “superpregadores“, “superprofessores“, “superprofetas” e etc. Os Judeus-cristãos que se orgulhavam de sua herança abraâmica tinham inveja de Paulo, por esse ter sido escolhido por Deus, para anunciar aos gentios e não eles. É Como um filho ilegítimo “bastardo” os outros o desprezam, assim eles faziam com Paulo. Embora fosse ele Judeu, da tribo de benjamim conforme: 2 Co 11:22 São hebreus? também eu. São israelitas? também eu. São descendência de Abraão? também eu.
Fl 3:5 Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus…
A história se repete, opositores dentro da igreja, porque é filho do pastor, neto, nora etc. os mandões, que afundam igrejas inteiras, com sua arrogância ainda estão no tempo da monarquia “Pai passa para filho o reino” e isso tem prejudicado algumas igrejas, pois tomam posse sem ter a chamada para tal.
3) Paulo responde contrastando os falsos mestres.
Mais uma vez, aparece os “supercrentes” com seus números, ou conforme a lição os que diziam “ministros de Cristo” vejam os números deles:

- Milhões de telespectadores
- Dezenas de livros
- Centenas de cidades
- Milhares de mensagens pregadas
- Milhares de e-mails recebidos
- Milhões de acesso em sua página na internet
- Milhares de DVD’s vendidos
- Centenas de curas e milagres.

Agora observe a lista do apóstolo Paulo:

-Muitos trabalhos
-Muitas prisões
-Açoites sem medidas
- Perigos de morte
- Trinta e nove chicotadas em cinco ocasiões
- Três pisas com vara
- Um apedrejamento
- Três naufrágios
- 24 hs boiando no mar
- Muitas jornadas (algumas a pé)
- Perigos de ladrões
- Perigos de rios
- Perigos de perseguições por judeus e não-judeus
- Perigos na cidade
- Perigos nos desertos
- Perigos em alto mar
- Perigos entre os falsos irmãos
- Muitos trabalhos e canseiras
- Muitas noites sem dormir
- Fome e sede muitas vêzes
- Falta de casa, comida e roupa
- Muitas preocupações com as igrejas do Senhor

II- A glória das revelações e visões espirituais (12. 1-4).

1) Visões e Revelações do Senhor(12.1) Meus amados irmão como é importante observarmos a palavra de Deus nesses últimos dias, o povo se impressiona por tudo, aonde há “Visões” “Revelações” “Curas” algo sobrenatural Chove de gente, sem nem saber a origem, observamos o crescimento das igrejas neo-pentecostais, em cima do “sobrenatural”, e como os “Superespirituais”do tempo de Paulo conquistavam os coríntios, assim também em nossos dias esse espírito de “Supercrente” tem passeado em algumas cabeças no nosso meio. Deus já havia alertado a respeito dos falsos “Profetas” “E disse-me o SENHOR: Os profetas profetizam falsamente no meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração é o que eles vos profetizam.” (Jeremias 14 : 14)
Paulo sabia que as visões e revelações do Senhor, são experiências sobrenaturais que permitem a um ser humano ver algo que outros não podem ver, e muitas das vezes essas experiências não são para ser contadas 2 Co 12:1-4 … Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar. Mas os “Supercrentes”contam afim de serem reconhecidos como “espirituais” gostam de aplausos, de serem filmados, fazem questão de dar autógrafos, não sabem eles que a palavra diz: Não seja sábio aos seus próprios olhos? Jesus disse aprendei de mim que sou manso e humilde

2) O Paraíso na teologia paulina.(V12.2-4) ²[Do Gr. Paradeizo] Originalmente, esta palavra servia para designar os jardins fechados, onde os reis persas passavam o inverno. Com a expansão do helenismo, passou a ter uma conotação mais transcendental. E agora, que o apóstolo Paulo escreve os últimos capítulos de sua segunda Epístola aos Coríntios, o vocábulo serve para descrever o mais excelso dos céus, onde está o trono de Deus. Essa é nossa esperança em um dia morarmos no paraíso com cristo, Ap 21.4 E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. Desse paraíso falou Jesus ao ladrão da cruz. “E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lucas 23 : 43) o Apóstolo João também falou da visão que teve na ilha de Patmos sobre o Paraíso, conforme o Senhor lhe falara. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.” (Apocalipse 2 : 7)
Portanto, é um lugar aguardado pelos santos.

3- A atualidade das experiências espirituais. Hoje não vemos tantos testemunhos de irmãos que tiveram a experiência de ser arrebatados, ter visões espirituais, revelações do Espírito. Porém, tem se levantado homens e mulheres, falsos profetas que dizem que tiveram tais revelações, por exemplo. O Pastor Oriel de Jesus. ³Depois do livro Triunfo Eterno da Igreja( o qual iremos chamar de TEI a partir de agora) o pastor Ouriel de Jesus trouxe “revelações” que no mínimo são estranhas e totalmente fora do contexto bíblico. O livro repudiado pela liderança evangélica da Assembléia de Deus trouxe escândalos e uma prática da qual muitas denominações estão repudiando.
Já na capa, o livro deixa a entender que irá trazer as revelações do livro selado pelo profeta Daniel para o tempo do fim, as revelações das coisas que o Apóstolo Paulo ouviu no Paraíso e também as revelações do livro comido pelo Apostolo João.
“A sra. White afirmou que, em uma visão, contemplou a arca do céu. Nela teria visto as duas tábuas de pedra contendo os Dez Mandamentos, sendo que o quarto mandamento se destacava dos demais, circundado por uma auréola de luz. Devido a esse fato, os sabatistas insistem no fato de que toda a humanidade deve observar (guardar) o sábado”.”(CABRAL, 1999, 203),
O Apóstolo Mórmon Hugh B. Brown declarou: “A Primeira Visao do Profeta Joseph Smith constitui a base da Igreja que mais tarde foi organizada. Se esta Primeira Visao foi apenas uma ficçao da imaginaçao de Joseph Smith, entao a Igreja Mórmon é o que seus caluniadores declaram ser - uma impostura ímpia e deliberada” (The Abundant Life [A Vida Abundante], pp. 310-311).
Cuidemos para que não caiamos no conto do vigário, as visões e revelações devem ser aferidas com a Palavra de Deus e não o contrário, sempre quando surge uma nova “denominação” foi porque o seu líder teve uma nova revelação ou uma nova visão.

III - A glória dos sofrimentos por causa de Cristo.

1- O Espinho na Carne

Quero aqui, contrastar as experiências de Paulo através do Sofrimento vivido pelo mesmo, com as palavras dos “Superpregadores” que defendem a teologia da prosperidade, da regressão, da saúde física(quem não tem está em pecado) etc.
Pedro e os apóstolos depois de serem acoitados saíram muito alegres, “Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus.” (Atos 5 : 41)
Essa passagem já causou muita confusão quanto o espinho na carne de Paulo, uns dizem que era um demônio para lhe atormentar, outro é uma enfermidade tudo mera especulação, essa expressão referia-se a um tipo de sofrimento que lhe foi imposto por causa das revelações, afim de ele não se ensorbebecer.

2- Paulo reafirma que se gloria na fraqueza.

Talvéz alguém pense que Paulo era defensor do masoquismo (Masoquismo é uma tendência ou prática parafílica, pela qual uma pessoa busca prazer ao sentir dor ou imaginar que a sente) A igreja católica talvéz por essa passagem e o sofrimento na cruz por cristo utilizam do alto-flagelo “O papa polonês João Paulo II, conhecido por sua popularidade e suas viagens pelo mundo, se flagelava com um cinto, segundo Oder, e em várias ocasiões dormia no chão como um ato de penitência”. O verdadeiro Cristão entende muito bem porque Paulo se gloriava na fraqueza, quem nunca foi xotado, por pregar o evangelho? Caluniado, mal tratado por amor a cristo? Quem já passou por isso ficou se sentiu útil a obra, percebeu que está no caminho, que a palavra de Deus está se cumprindo nele, quando disse que Lc 21.12,17,18 “Mas antes de todas estas coisas lançarão mão de vós, e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões, e conduzindo-vos à presença de reis e presidentes, por amor do meu nome. E de todos sereis odiados por causa do meu nome.
Mas não perecerá um único cabelo da vossa cabeça”.

Conclusão:

Ao escrever sobre suas fraquezas Paulo tinha a intenção de glorificar a Deus, porquanto somente Ele é capaz de aperfeiçoar seu poder através da fragilidade humana.
Biografia:
1 Blog do Pr Altair
2 Dicionário Teológico Correa de Andrade, Claudenor CPAD
3 Blog pensar e orar PR Alexandre Farias
4 CABRAL, J. Religiões, seitas e heresias. Ed. Gráfica Universal, 1ª ed., São Paulo, 1998.
Elaboração pelo Pb. Josenildo Cardoso Cavalcante

domingo, 14 de março de 2010

Características de um Autêntico Líder

Características de um Autêntico Líder -

Nesta 11ª lição aprenderemos que ser um líder autêntico, apesar de não ser sinônimo de ser um “líder perfeito”, implica em possuir algumas características e qualidades específicas e notórias.
PLANO DE AULA
1. OBJETIVOS DA LIÇÃO
-Compreender que o líder cristão autêntico é aquele que não perde o senso de dependência de Deus.
-Distinguir as características de um verdadeiro líder.
-Descrever os tipos de lideranças encontradas no seio da igreja.
2. CONTEÚDO
Textos Bíblicos: 2 Co 10.12-16; 11.2, 3, 5, 6
O CONCEITO DE AUTENTICIDADE
O que significa ser autêntico? O dicionário mini Houaiss (2001, p. 45) define oferece as seguintes definições:
- Autenticar: reconhecer como autêntico ou verdadeiro;
- Autenticidade: ausência de falsidade;
- Autêntico: verdadeiro, legítimo.
Na liderança cristã atual é preciso discernir entre o autêntico e o falso.
LIÇÕES SOBRE A AUTENTICIDADE DA LIDERANÇA DO APÓSTOLO PAULO

Conforme Sanders (1999, p. 40) “A liderança de Paulo não era perfeita, mas nos proporciona um exemplo tremendamente estimulante e inspirador do que significa continuar avançando para a maturidade”.
Na lição bíblica encontramos descritas algumas características e qualidades da liderança autêntica de Paulo. São elas:
- O objetivo maior de servir ou o compromisso e interesse pelo bem-estar integral da igreja. Esta descrição encontramos na verdade prática da lição e no segundo ponto da mesma. Por várias vezes esse tema foi tratado no decorrer deste trimestre. A marca do verdadeiro desejo de servir está presente em Paulo na forma como era livre da ambição de tirar vantagens financeiras do evangelho e de sua função (11.7-10), do sofrimento a que submeteu-se (11.22-33), na disposição em se gastar em prol das vidas (12.15). Em nossos dias, alguns líderes chamariam Paulo de tolo, burro, besta, ingênuo, santarrão e coisas semelhantes a estas. A razão é que muitos que dizem estar servindo à igreja, na realidade buscam vantagens pessoais, estabilidade financeira, enriquecimento ilícito, aumento desproporcional do patrimônio e outros atos e intenções vergonhosas. É possível perceber em alguns casos o patrimônio de alguns líderes (apostolos , bispos e pastores) se multiplicar em mais de dez vezes em poucos anos em seu “viver do evangelho”. Benção de Deus ou oportunismo? Prosperidade ou imprudência? Deus haverá de julgar cada caso e retribuir de forma justa as intenções e ações equivocadas ou maldosas desses líderes. Se o apóstolo Paulo ressucitasse em nossos dias ficaria surpreso pela ideia capitalista disseminada de que um apostolado e pastorado bem sucedido é medido pelo tamanho do patrimônio acumulado e ostentado por seu possuidor.
“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.” (1 Co 10.23)
- O exercício da autocrítica (1 Co 10.12, 13). Conhecer e reconhecer os seus limites, suas imperfeições, suas debilidades, seus erros e necessidades de aperfeiçoamento é uma necessidade na vida de um autêntico líder. A autocrítica ou autoanálise é um exercício constante e salutar. Na Bíblia sagrada encontramos o modelo de Deus para a vida do líder cristão em todo os seus aspectos.
Sanders (idem, p. 52) entende que “Paulo estava plenamente cônscio de suas próprias falhas e deficiências, visto que seu padrão era a maturidade segundo a “estatura da plenitude de Cristo (Ef 4.13). Ele confessou suas próprias limitações:
“Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Fp 3.12-14)
- A demonstração de competências para o exercício do seu ministério. Alguns conceitos modernos de competência são relacionados por Resende (2003, p. 30-31):
“Capacidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto, fazer determinada coisa” (Dicionário Aurélio B. de Holanda).
“Observáveis características individuais - conhecimentos, habilidades, objetivos, valores - capazes de predizer/causar efetiva ou superior performance no trabalho ou em outra situação de vida (David C. McClelland).
“Competência no trabalho é uma destacada característica de um empregado (que pode ser motivo, habilidade, conhecimento, auto-imagem, função social) que resulta em efetivo e/ou superior performance” (Boyatzis - colega de McClelland nas pesquisas sobre identificação e avaliação de competências).
“Competência é a capacidade de transformar conhecimentos e habilidades em entrega (Joel Dutra)
Outras definições sem a indicação do autor:
“Competência são atributos pessoais que distinguem pessoas de altas performances de outras, num mesmo trabalho.”
“Pessoas competentes são aquelas que obtêm resultados no trabalho, nos empreendimentos, utilizando conhecimentos e habilidades adequados.”
Uma análise geral no exercício das atividades apostólicas de Paulo nos revela claramente a sua competência, ou seja, esse conjunto de habilidades, dons, talentos, conhecimentos e virtudes que se espera de um líder autêntico.
Além destas qualidades especificadas na lição, ao tratar sobre a liderança de Paulo, Sanders (idem, p. 42-66) nos descreve outras mais. São estas:
- Consideração. Aqui se trata da sensibilidade aos direitos alheios (2 Co 10.13-16);
- Coragem. A prova da coragem de um líder é a sua capacidade de enfrentar fatos e situações desagradáveis, ou mesmo devastadoras, sem entrar em pânico, e sua disposição de tomar medidas firmes quando necessárias, mesmo que sejam impopulares (At 19.30-31; 20.22-23;
2 Tm 1.7; Gl 2.11);
- Determinação. A prorastinação e a vacilação são fatais à liderança. Uma decisão sincera, embora errada, é melhor do que nenhuma. Paulo sempre demonstrou determinação em suas ações: “Que farei Senhor?” (At 22.8,10);
- Ânimo. Ele era forte em caráter e fé. Tal condição foi construída ao longo de sua vida e ministério (2 Co 7.6; Fp 4.11; 2 Co 4.1, 16);
- Amizade. Sobre a qualidade desta marca na liderança de Paulo Sanders (ibidem, p. 50-51) afirma: “Diferente de muitos outros grandes líderes, a grandeza de Paulo não era a “grandeza do isolamento”. Ele era essencialmente gregário, e possuía em grau único o poder de capturar e reter o intenso amor e lealdade dos amigos. Seu amor era autêntico e profundo. […] Um dos grandes segredos da amizade de Paulo era a sua capacidade de amar de modo altruísta, mesmo que seu amor não fosse retribuído (2 Co 12.15);
- Humildade. O currículo dos cursos de liderança do mundo, nos quais se avolumam a preeminência, a publicidade e a autopromoção (marketing pessoal), não inclui a humildade (Mc 10.43; 1 Co 15.9; 2 Co 12.6; Ef 3.8; 1 Tm 1.15);
- A capacidade de ouvir. A sensibilidade às necessidades alheias e a disponibilidade de seguir conselhos se expressam melhor ouvindo do que falando. Ao ler nas entrelinhas, não era difícil perceber que Paulo era um homem que conhecia o valor de ouvir.
- Paciência. O homem que se impacienta com as fraquezas e falhas alheias terá liderança deficitária: “Ora, nós que somos fortes, devemos suportar as debilidades dos fracos (Rm 15.1). O bom líder sabe adaptar sua marcha à do irmão mais lento;
- Autodisciplina. O líder se torna capaz de conduzir outros na medida que consegue se conduzir (1 Co 9.26-27; 2 Co 10.4-5; Gl 5.23);
- Sinceridade e integridade. Transparência no viver e capacidade de se abrir são qualidades próprias na vida de um líder autêntico, sincero e íntegro (At 24.16; 1 Co 4.4; 2 Co 2.17; 2 Tm 1.3);
- Sabedoria espiritual. Eis aqui mais um elemento essencial para os que ocupam uma posição de liderança (At 6.3). Sabedoria é conhecimento em ação nas questões morais e espirituais. Sabedoria espiritual é envolve o conhecimento de Deus e das complexidades do coração do homem (1 Co 3.18-19; Cl 1.9,28, 3.16). A sabedoria vinda de Deus deve ser buscada (Tg 1.5);
- Zelo e veemência. À semelhança de seu Mestre e Senhor, Paulo era sincero e zeloso em toda a obra que realizava para Deus (At 22.3; 1 Co 14.1). É o líder zeloso, entusiasta que mais profunda e permanentemente impressiona seus seguidores.
Para concluir, cito ainda Sanders (ibidem, p. 40), que de forma muito apropriada escreve:
“O conceito que ele tinha do papel do líder na obra cristã reflete-se nas palavras que emprega nessa conexão. Ele é despenseiro (1 Co 4.2), o que significa mordomo ou gerente dos recursos da família. Ele é administrador, isto é, governante (1 Co 12.28), palavra que descreve o timoneiro do navio e, dessa maneira, aquele que dirige a tarefa. Ele é bispo, isto é, supervisor (At 20.28), palavra para guardador ou protetor. Ele é presbítero (At 20.17), o que implica maturidade da experiência cristã. Ele é presidente (Rm 12.8), palavra que significa alguém que se coloca diante das pessoas e as conduz. É claro, nem todos os líderes preenchem todos esses papéis, mas o uso que Paulo faz dessas palavras dá algum indício da complexidade da tarefa, e do quanto é preciso haver flexibilidade e adaptabilidade no exercê-la.”
Apesar de sua humanidade e imperfeições, o exemplo de Paulo como líder autêntico é digno de ser imitado.
3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO
Relacione num quadro ou em cartaz, ou ainda em alguma outra plataforma de escrita as características e qualidades que autenticavam a liderança de Paulo. Em seguida converse com os alunos sobre a presença das referidas qualidades nas lideranças atuais. Resalte o fato de que não é possível haver um líder perfeito, mas é possível ser um líder autêntico.
4. RECURSOS DIDÁTICOS

Quadro, cartolina, pincel ou giz, etc.
5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
- Bíblia de Estudo Almeida (ARA), SBB.
- Dicionário da Língua Portuguesa Houaiss, Objetiva.
- O livro das competências, Qualitymark.
- Paulo, o líder, Editora Vida.
Uma ótima aula para a glória de Deus!

sexta-feira, 5 de março de 2010

A Defesa da Autoridade Apostólica de Paulo

A DEFESA DA AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO

Lição 10 - 07/03/2010
Leitura Bíblica - 2 Co 10.1-8, 17, 18
Texto Bíblico: 2 Co 1.1 Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus,
CARACTERÍSTICAS DE UMA AUTORIDADE CONSTITUÍDA POR DEUS

1. SÓ É AUTORIDADE QUEM DEUS NOMEIA

Os nomeados por Deus devem ter caráter tolerante - 2 Co 10.1 Além disto, eu, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que, na verdade, quando presente entre vós, sou humilde, mas ausente, ousado para convosco;
Os nomeados por Deus devem ter ousadia comedida - 2 Co 10.2 Rogo-vos, pois, que, quando estiver presente, não me veja obrigado a usar com confiança da ousadia que espero ter com alguns, que nos julgam, como se andássemos segundo a carne.
Os nomeados por Deus devem militar legitimamente - 2 Co 10.3 Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne.
2. SÓ É AUTORIDADE QUEM DEUS GARANTE

Os garantidos tem estrutura para combater o maligno - 2 Co 10.4 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas;
Os garantidos tem capacidade para defender a palavra - 2 Co 10.5 Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;
Os garantidos tem equilíbrio para enfrentar a oposição - 2 Co 10.6 E estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.
3. SÓ É AUTORIDADE QUEM DEUS APROVA?

Os aprovados devem ser edificadores espirituais - 2 Co 10.7 Olhais para as coisas segundo a aparência? Se alguém confia de si mesmo que é de Cristo, pense outra vez isto consigo, que, assim como ele é de Cristo, também nós de Cristo somos.
Os aprovados devem ser edificadores credenciados -? 2 Co 10.8 Porque, ainda que eu me glorie mais alguma coisa do nosso poder, o qual o Senhor nos deu para edificação, e não para vossa destruição, não me envergonharei.
Os aprovados devem ser edificadores selecionados - 2 Co 10.18 Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva.