domingo, 26 de fevereiro de 2012


A GLÓRIA DE DEUS
Ez 10.4 “Então, se levantou a glória do SENHOR de sobre o querubim para a
entrada da casa; e encheu-se a casa de uma nuvem, e o átrio se encheu do
resplendor da glória do SENHOR.”
DEFINIÇÃO DA GLÓRIA DE DEUS. A expressão “glória de Deus” tem emprego variado na
Bíblia.
(1) Às vezes, descreve o esplendor e majestade de Deus (cf. 1Cr 29.11; Hc 3.3-5), uma glória tão
grandiosa que nenhum ser humano pode vê-la e continuar vivo (ver Êx 33.18-23). Quando muito,
pode-se ver apenas um “aparecimento da semelhança da glória do Senhor” (cf. a visão que Ezequiel
teve do trono de Deus, Ez 1.26-28). Neste sentido, a glória de Deus designa sua singularidade, sua
santidade (cf. Is 6.1-3) e sua transcedência (cf. Rm 11.36; Hb 13.21). Pedro emprega a expressão “a
magnífica glória” como um nome de Deus (2Pe 1.17).
(2) A glória de Deus também se refere à presença visível de Deus entre o seu povo, glória esta que
os rabinos de tempos posteriores chamavam de shekinah. Shekinah é uma palavra hebraica que
significa “habitação [de Deus]”, empregada para descrever a manifestação visível da presença e
glória de Deus. Moisés viu a shekinah de Deus na coluna de nuvem e de fogo (Êx 13.21). Em Êx
29.43 é chamada “minha glória” (cf. Is 60.2). Ela cobriu o Sinai quando Deus outorgou a Lei (ver
Êx 24.16,17 nota), encheu o Tabernáculo (Êx 40.34), guiou Israel no deserto (Êx 40.36-38) e
posteriormente encheu o templo de Salomão (2Cr 7.1; cf. 1Rs 8.11-13). Mais precisamente, Deus
habitava entre os querubins no Lugar Santíssimo do templo (1Sm 4.4; 2 Sm 6.2; Sl 80.1). Ezequiel
viu a glória do Senhor levantar-se e afastar-se do templo por causa da idolatria infrene ali (Ez
10.4,18,19). O equivalente da glória shekinah no NT é Jesus Cristo que, como a glória de Deus em
carne humana, veio habitar entre nós (Jo 1.14). Os pastores de Belém viram a glória do Senhor no
nascimento de Cristo (Lc 2.9), os discípulos a viram na transfiguração de Cristo (Mt 17.2; 2Pe
1.16-18), e Estêvão a viu na ocasião do seu martírio (At 7.55).
(3) Um terceiro aspecto da glória de Deus é sua presença e poder espirituais. Os céus declaram a
glória de Deus (Sl 19.1; cf. Rm 1.19,20) e toda a terra está cheia de sua glória (Is 6.3; cf. Hc 2.14),
todavia o esplendor da majestade divina não é comumente visível, nem notado. Por outro lado, o
crente participa da glória e da presença de Deus em sua comunhão, seu amor, justiça e
manifestações, mediante o poder do Espírito Santo (ver 2Co 3.18 nota; Ef 3.16-19 nota; 1Pe 4.14
nota).
(4) Por último, o AT adverte que qualquer tipo de idolatria é uma usurpação da glória de Deus e
uma desonra ao seu nome. Cada vez que Deus se manifesta como nosso Redentor, seu nome é
CPAD - Casa Publicadora das Assembléias de Deus
©Bíblia de Estudo Pentecostal -12/4/2008 Página 1
glorificado (ver Sl 79.9; Jr 14.21). Todo o ministério de Cristo na terra redundou em glória ao nosso
Deus (Jo 14.13; 17.1,4,5).

Nenhum comentário:

Postar um comentário